O que é divulgação científica?
Quinta-feira, 6 de junho de 2019
Última modificação: Quinta-feira, 6 de junho de 2019
“… utilização de recursos, técnicas, processos e produtos (veículos ou canais) para a veiculação de informações científicas, tecnológicas ou associadas a inovações ao público leigo.”
Fayard 1988.
“… engloba a soma das atividades que possuem conteúdos científicos vulgarizados e destinados ao público de não especialistas em situação não cativa. Esta definição exclui de seu campo a comunicação disciplinar entre especialistas e o ensino.”
Calvo Hernando. 1992.
“… compreende toda atividade de explicação e difusão dos conhecimentos, da cultura e do pensamento científico e técnico, com duas condições, duas reservas: a primeira, que a explicação e a divulgação se façam fora do marco do ensino oficial ou equivalente, a segunda, que estas explicações extra-escolares não tenham como objetivo formar especialistas ou aperfeiçoá-los em seu próprio campo, pois o que se pretende, pelo contrário, é complementar a cultura dos especialistas fora de sua especialidade.”
Bryant 2003.
“…the processes by which the scientific culture and its knowledge become incorporated into the common culture.”
[“… os processos pelos quais a cultura científica e seus conhecimentos se incorporam na cultura comum.”]
Burns et al. 2003.
“Science communication (SciCom) is defined as the use of appropriate skills, media, activities, and dialogue to produce one or more of the following personal responses to science (the AEIOU vowel analogy): Awareness, Enjoyment, Interest, Opinion-forming, and Understanding.”
[“A comunicação pública de ciências é definida como o uso de habilidades, mídias, atividades e diálogos apropriados para produzir uma ou mais das seguintes respostas pessoais em relação às ciências: consciência, diversão, interesse, formação de opinião e compreensão.“]
Valério 2005.
“consiste no ato de tornar públicos, popularizar e/ou vulgarizar as ciências através (ou a partir) de instrumentos e práticas sociais de comunicação, objetivando fundamentalmente a promoção da educação científica e tecnológica da audiência; um esforço dirigido àqueles sem formação específica sobre em ciência (desde o carente em educação básica até o cidadão culto, inclusive os com formação superior em áreas distintas). Ainda a esse respeito, embora congregue práticas diversas como as exposições interativas, o teatro e a literatura, as abordagens críticas à divulgação científica se direcionam principalmente a prática do jornalismo científico, sobretudo aos meios de comunicação de massa.”
Ogawa 2012.
“… purposive intervention by a driving actor or a group of driving actors to alter the present state of the relationship between sciences and society toward their desired state”
[“… intervenção proposital por um agente ou um grupo de agente que alteram o estado atual da relação entre as ciências e a sociedade para um estado desejado.“]
Joubert & Guenther 2017.
“… the communication of scientific information – by scientists – to people not involved with research in the same field.”
[“… a comunicação de informações científicas – por cientistas – para pessoas não envolvidas com pesquisa no mesmo campo de conhecimento.“]
NASEM 2017.
“… the exchange of information and viewpoints about science to achieve a goal or objective such as fostering greater understanding of science and scientific methods or gaining greater insight into diverse public views and concerns about the science related to a contentious issue.”
[“… a troca de informações e pontos de vista sobre ciência para atingir uma meta ou objetivo tais como fomentar uma maior compreensão da ciência e métodos científicos ou ganhar um insight maior sobre as diferentes visões e preocupações do público sobre ciência relacionadas a questões polêmicas.“]
Referências
Bueno, Wilson da Costa. 1988. Jornalismo científico no Brasil: aspectos teóricos e práticos. São Paulo: CJE /ECA-USP, 1988.
Bryant, C. 2003. Does Australia Need a More Effective Policy of Science Communication? International Journal for Parasitology 33 (4): 357–361.
Burns, TW, O’Connor, DJ, & Stocklmayer, S.M. 2003. Science Communication: A Contemporary Definition. Public Understanding of Science, 12(2), 183–202.
Calvo Hernando, Manuel. 1992. Periodismo Científico. Madrid: Paraninfo. Apud Beltrão & Sayago 2008.
Fayard, Pierre 1988. La Communication Scientifique Publique. De la Vulgarization a la Médiatisation, Lyon, Chronique Social, pp. 11-12.. Apud Massarani 1998.
Joubert, Marina and Guenther, Lars. 2017. In the footsteps of Einstein, Sagan and Barnard: Identifying South Africa’s most visible scientists. S. Afr. j. sci. 113 (11-12):1-9.
NASEM. 2017. Communicating Science Effectively: A Research Agenda. National Academies Press 152 pp.
Ogawa, Masakata. 2012. Towards a ‘Design Approach’ to Science Communication. In Gilbert, JK. & Stocklmayer, SM. (eds) “Communication and Engagement with Science and Technology“, Routledge, 352 pp.
Valério, Marcelo. 2006. Os desafios da divulgação científica sob o olhar epistemológico de Gaston Bachelard.In Nardi, R. & Borges, O. (orgs.) Atas do 5o. Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, realizado em Bauru, no ano de 2005. ABRAPEC, 2006. . http://abrapecnet.org.br/atas_enpec/venpec/conteudo/artigos/3/pdf/p153.pdf (adido em 19.abr.2019)