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CEFET-MG

Reconstruindo a construção

Terça-feira, 22 de maio de 2018
Última modificação: Terça-feira, 22 de maio de 2018

Série: professores do CEFET-MG no Pint of Science 2018

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Crédito: Júlio Sardinha

O painel “Era uma casa muito engraçada: novos materiais na construção civil”, apresentado no Pint of Science 2018 pelo professor Conrado Rodrigues, do Departamento de Engenharia e Produção Civil do CEFET-MG, buscou refletir sobre a importância de se promover mudanças na forma de construir casas. A ideia é tornar as construções mais baratas, com menos desperdício e com maior aproveitamento de materiais. O lugar para toda essa discussão foi o bar Xico da Carne localizado no bairro Cidade Nova.

Para o professor Conrado, o evento foi bem interessante e o grande desafio foi expor os temas de forma menos acadêmica. “O desafio nosso é destrinchar o conhecimento da maneira que a gente constrói enquanto aluno, enquanto professor, enquanto pesquisador pra colocar isso mais palatável para as pessoas e eu acho que deu super certo hoje”, explica ele.

Ao ser questionado quanto a estender esse conhecimento para regiões que fazem parte da periferia de Belo Horizonte, o professor Conrado apontou que se trata de outro desafio. Para ele nossa cidade tem um problema que deve ser resolvido pelo que é conhecido como “requalificação”. A requalificação são processos de revitalização de espaços urbanos, recuperando espaços antigos, dando a eles, outros usos ou atributos urbanísticos ou naturais. “A gente não pode simplesmente demolir as comunidades e fazer o que se diz ser o correto em termos de arquitetura ou de boas práticas de construção”, diz ele.

De acordo com o professor, é preciso promover as condições de adaptação adequadas nas comunidades, trabalhando na urbanização dessas comunidades e na qualidade das moradias desses lugares. O professor considera interessante poder levar para a periferia essas conversas, sendo possível, “buscar aprender com eles como o processo de produção dessas moradias se dá, dos espaços físicos nessas regiões e daí propor, sugerir maneiras de fazer isso corretamente” diz Conrado.

Presente no espaço como ouvinte, o professor Jerônimo Coura Sobrinho, destacou a importância do uso da linguagem coloquial nas falas dos palestrantes. “O que muito me chamou atenção foi a fala dos apresentadores. Eles usaram uma linguagem muito acessível, assim qualquer pessoa entenderia o que eles disseram. Isso é importante para quem for falar de ciência e tecnologia num espaço como esse, tem que ter cuidado com a linguagem e, eles tiveram”, elogia ele.

Sobre o Pint of Science

 O Pint of Science é um evento mundial que surgiu em 2013, idealizado por dois pós-doutorandos que acreditavam ser necessário proporcionar discussões científicas fora do ambiente acadêmico, em locais informais, como bares e restaurantes, de maneira descontraída. Em 2018, 21 países participaram do evento. No Brasil, foram 56 cidades participante e dessas, 13 estão em Minas Gerais. Belo Horizonte já se encontra na 3ª edição.